Visão geral

Acho tão rica essa plataforma Blogger e ao mesmo tempo tão "2000 e poucos". Não consigo mais anexar fotos nas minhas postagens. Tem um bug por enquanto que tá de zoeira comigo. Pois bem, não vou abandonar o blogger por isso. Na plataforma WordPress deixo dois blogs ativos "20 e Tantos" e "Vida após TT" (eeerrrr os links também não estão colaborando aqui). Ok ok não priemos cânico. O que acontece é que o ano de 2017 é um ano em que estou muito focada na minha vida acadêmica e infelizmente ou felizmente não tenho muito tempo pra fazer uma postagem do jeitinho que eu sempre gostei. Escrevi muita coisa e eu perdi um pouco o encanto pelas rimas, acho que os mais bonitos poemas são os soltos. Quando você escreve um texto em inglês a sonoridade é muito mais fácil de criar rimas, mas o idioma português é bem diferente e particularmente passei a achar brega coisas só com rimas (como eu fazia no passado). Mas ainda falando do meu ano, tenho um TCC pra terminar e concluir assim minhas pós graduação que tá sendo beeem puxada, mas tô dando conta graças a Deus. Meu plano é, não abandonar o Blogger porque foi aqui que tudo começou, exatamente tudo, mas depois que eu concluir minha pós eu quero me dedicar a um projeto pessoal que é o lançamento do meu livro, então acredito que isso venha no ano que vem. Também preciso estudar uma plataforma que me atenda bem pra eu dar início a um outro projeto, que é abordando temas relacionados a vida dos idosos, é uma coisa que eu sempre quis e nos últimos tempos tem sido muito importante pra mim. No mais, leitores e amigos, vou deixar um pouco os blogs a "Deus dará" (apareço quando posso :/). Irei focar na minha conclusão do TCC e acredito que esse ano será assim. Tá sendo um ano muito desafiador pra mim e eu gosto muito disso. Detesto mesmice. Detesto rotina. Sagitariana né. Então é isso. Volto em breve ok? Obrigada pelos comentários :) são sempre muito importantes. Muita luz pra nós. Grande abraço.

Letícia Tacão.

Relendo

É tão curioso reler coisas antigas. Me pergunto, como há 13 anos eu tinha tanta sensibilidade (já)! Eu só tinha 15 anos e são coisas que hoje leio como adulta e me orgulho da adolescente que fui. Tão sonhadora, tão inocente. E então a vida veio mostrando o lado sério dela e a forma de escrever já muda bastante. Relendo minhas poesias antigas, muitas aqui publicadas, vejo que meus ideais estão mais vivos do que nunca e eles, ao contrário da minha forma de escrever, nunca mudam. Simplesmente porque o que pensava aquela garota de 15 anos sobre a vida é o lado mais bonito que trago em mim.

Letícia Tacão.

Nem tudo é conto de fadas

Há algum tempo não escrevo, acho que por alguns meses tenho guardado muita coisa pra mim mesma. Mas novembro está chegando, eu particularmente não estou com a menor ansiedade pra fazer 29 anos e muito menos pra chegar o dia 26 de novembro. Estou escrevendo pra você... Quanto tempo não é? Tanta coisa aconteceu desde que você “morreu”. De um dia pro outro de tudo você se tornou nada. Eu não estava preparada pra isso, mas não iria te obrigar a ficar, nunca, eu só queria consideração porque eu sou a pessoa que abriu minha casa e minha vida pra você. Ainda me lembro de você transitando aqui dentro de casa, me lembro do último dia (o dia do meu aniversário) em que nos vimos. A última coisa que você me entregou foi um cartão escrito “eu te amo”, que ironia... O que é amor pra você? Respeito? Consideração? Hoje esse fantasma ainda me ronda chegando o meu aniversário. Fantasma de alguém que está “morto”. Você me feriu como nenhuma outra pessoa na vida e dessas feridas sobraram as cicatrizes que me dizem pra não acreditar no amor novamente, mas eu sempre procuro não escutar nenhuma delas. Acho que você se tornou um trauma com o qual eu lidei por meses enquanto provavelmente você levava sua vida numa boa após me descartar. Doeu e ainda dói até hoje se eu lembrar da história inteira. Gostaria que você não existisse no meu passado, mas infelizmente você está nele e eu não posso apagar isso, apenas lidar. Descobri que o ser humano é capaz de coisas as quais eu nunca tinha vivido e você é capaz de muito. Sei que eu habito o seu passado também, queria sair fora dele, mas acho que sou muito lembrada, apenas um pressentimento. Por fim, sinto muito por você ter “morrido”, poderíamos ter evitado isso, apenas com uma conversa. Mas você preferiu sua "morte" e a escolha foi sua. Inevitavelmente esse passado feio me traz algum tipo de melancolia. Algum tipo de pena de algo que se foi pra onde eu nunca mais quero encontrar ou estar.

Letícia Tacão.

Desacelere

É estranho viver um dia de cada vez. Tenho tentado exercitar isso (por mais difícil que seja pra mim)porque faço meus planos e muitas vezes isso me custa o presente e não posso de forma alguma deixar isso acontecer. Então viver o hoje como se não houvesse amanhã requer muita responsabilidade, paciência… Hoje é segunda feira e por essa semana me propus um desafio, viver todos os dias como se fossem os últimos da minha vida, claro que não vou fazer contas absurdas e nem deixar de trabalhar pra viver a vida adoidado (é… isso não é má ideia… brincadeira!), mas vou me permitir a pensar em cada dia como o último apenas pra eu imaginar com calma qual é a sensação da última vez na casa da minha melhor amiga, a última vez ouvindo minha música preferida, a última vez escrevendo um poema… Quero através disso dar valor a tudo que meu cotidiano enlouquecedor de tarefas as vezes me faz desconhecida perto de toda a felicidade que o universo me traz. Hoje é dia 23 de janeiro, só hoje tive tempo de colocar algumas coisas nos meus blogs, 2017 começou acelerado, mas amo isso! Sabem aquela velha frase daquele maluco beleza “não pense que a cabeça aguenta se você parar”? Pois é, ela não aguenta, mas requer muito cuidado com essa correria… Não podemos esquecer da nossa saúde por exemplo, porque bem estar é saúde, alegria é saúde. Pagar contas e juntar dinheiro não é tudo, mas como é difícil desacelerar quando se está a 120 por hora todos os dias! Depois contarei a vocês como serão meus últimos dias, parece coisa de maluco isso não é, Deus me livre e me dê muitos anos de vida porque tenho muita coisa em mente. É só uma forma de pensar que eu quero e preciso exercitar mais! Proponho o mesmo a todos vocês. Vamos tentar aproveitar pelo menos o hoje como último. Me contem como foi. Volto em breve, espero que bem menos acelerada.

Letícia Tacão.

(Foto feita por mim, Aeroporto Viracopos)

Princesas são tão comuns...

Cobramos tanto do universo
Uma história bonito em verso,
Uma vida perfeita como canção,
Algo que nos satisfaça de coração.
Sabem as princesas que sonhávamos ser?
Ficar mais atenta é seu único dever
Pois o universo já lhe deu tudo que queria
E essa princesa dentro de você já vivia.

Letícia Tacão.

Ao longo

Aos 15 eu ainda brincava de boneca, escondida porque já me achava grande. Mas não tinha noção nenhuma do mundo, pensava que o mundo era tão bom quanto a hora de ir embora do colégio.

Aos 18 me revoltei com meu aspecto físico, adolescente sem ser insatisfeito não é adolescente. 

Queria ser popular, mas eu era tímida demais pra isso. Vivia com meus poucos amigos que sempre foram meus tesouros.

Aos 21 me veio aquela maior idade, de fato, eu já não era mais revoltada com meu aspecto físico e pensei que já conhecesse tanto sobre o mundo, pessoas e sentimentos.

Aos 25 descobri que até então eu não conhecia nada da vida e então ela veio me mostrar de uma vez como ela realmente é, ela é cruel. Porém não posso negar que seja boa quando exercido o direito de viver.

Aos 28, bem, aos 28 eu só queria voltar aos 15 pra achar novamente que o mundo era tão bom quanto a hora de ir embora do colégio. Acho que hoje eu realmente o conheça.

Letícia Tacão.

Carta

Deus do céu, quanta coisa aconteceu desde que você se foi. Hoje chorei por sua causa, um choro breve, aquela saudade que ainda dói, acho que pra sempre.

Me lembro da última vez que estávamos na nossa casa, você já magro e ainda assim tão forte. Me lembro de sentar ao seu lado e te dar um beijo na testa e da sua preocupação em deixar a casa e ir pro hospital. Foi inevitável.

Você sabia tudo que estava acontecendo, por mais que todos nós tentássemos te esconder o que por um curto prazo nos foi revelado pelos médicos, você sabia de tudo e nunca ninguém conseguiu te esconder nada.

Até que chegou o dia da sua despedida. Como foi difícil saber que era a última vez que eu ouvia sua respiração, porque eu sabia que era a última, assim como você ninguém nunca soube me esconder nada também, nem a vida.

Papai, vai chegar mais um natal em que eu não vou te dar meias e nem você me dar uma nota de vinte reais. Mas sabe, eu te dei tantos presentes nesse ano, eu só não vi a sua reação.

Não vi sua reação quando eu "taquei fogo" em tudo que me atordoava e encontrei meu caminho. Não vi sua reação quando me empenhei tanto em tudo que quis fazer. Quando enxuguei uma lágrima e sorri porque sabia que tinha um novo dia. E enfim quando sorri de verdade porque havia perdoado qualquer coisa que me trazia ódio e assim essas coisas se foram brevemente.

Te digo que foram presentes pra você porque em todos esses momentos eu queria te ver orgulhoso de mim, queria que você pensasse "minha filha é igual eu". Eu só pensava em não te desapontar.

Hoje chorei porque queria um abraço seu, mas eu respirei e então você veio. No barulho da chuva. No final de um dia cansado ou folgado. Você sempre está.

Há 3 anos não te vejo no natal e não te dou meias também e nem ganho aquele dinheirinho. Mas saiba que te amo tanto que esses anos se tornam minutos perto da eternidade que nos espera.

Papai, eu estarei sempre e sempre pensando nos seus presentes e imaginando suas expressões. Me perdoe se te magoei, eu sou cabeça dura, não tenho culpa se somos tão parecidos, tanto que todo mundo diz isso.

Feliz natal. Esse ano foi o meu ano de vitória e eu dedico unicamente a você. Só porque você vai ficar com ciúmes se eu dedicar a mais alguém.

Papai, não solta minha mão porque eu nunca vou soltar a sua. Obrigada por cada instante, mesmo longe, do seu jeito se fez presente. Eu te amo além da vida.

Letícia Tacão.